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Segundo a Polícia Civil, um homem foi preso em flagrante pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os policiais apreenderam ainda dinheiro e documentos na casa do investigado. A Justiça autorizou ainda a indisponibilidade e sequestro de ativos financeiros e de bens dele. Veículos apreendidos
Polícia Civil/Montagem g1
A Polícia Civil apreendeu mais de R$ 1,2 milhão em veículos e máquinas em Unaí. Um homem foi preso em flagrante pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (21), os policiais apreenderam dinheiro e documentos na casa do investigado, de 37 anos. A Justiça autorizou ainda a indisponibilidade e sequestro de ativos financeiros e de bens dele.
De acordo com a PC, a ação foi um desdobramento da Operação Caça-Fantasmas, realizada em novembro de 2014 e que tinha como foco um grupo suspeito de causar um prejuízo de R$ 600 milhões por meio de sonegação fiscal.
“Dos elementos angariados fora possível demonstrar no flagrante a utilização pelo investigado de laranjas a fim de mascarar a ocultação ilícita patrimonial.”
Conforme a PCMG, as investigações continuam para colher mais elementos que demonstrem o esquema criminoso voltado para a lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Uma das máquinas apreendidas pela PC
Polícia Civil
Sobre a operação
No dia 26 de novembro de 2024, um grupo que, segundo a Polícia Civil, pode ter causado um prejuízo de R$ 600 milhões em sonegação fiscal foi alvo da Operação Caça-Fantasmas em Unaí.
Durante a operação, foram cumpridos 88 mandados de suspensão da atividade econômica e bloqueio de contas bancárias de empresas de diferentes setores, além de 117 mandados de sequestro de veículos automotores e 45 de imóveis. Também ficou determinado o bloqueio de dezenas de contas bancárias operadas pelos envolvidos em nome de terceiros.
Conforme as investigações, os suspeitos usavam negócios tidos como lícitos para disfarçar a movimentação financeira. Ao longo da operação, foram fiscalizadas empresas dos ramos de supermercados, academias, casa lotérica, cafeteria, postos de gasolina, lojas de conveniência e outros.
“Eles abriam uma empresa intermediária, entre quem vendia e quem de fato comprava, e na legislação ele ficava responsável pelo pagamento de tributo, mas esse tributo nunca era pago. A gente está falando de uma ordem de mais de R$ 1 bilhão em notas fiscais ideologicamente falsas, que eram comercializadas com empresas abertas por laranjas. A investigação identificou que algumas pessoas se valiam dessas empresas para fazer as negociações, ou seja, quem vendia e quem comprava ficava sem o pagamento do tributo”, detalha o coordenador da Receita Estadual, Flávio Andrada.
De acordo com a apuração da PC, os investigados faziam mutirões para selecionar pessoas para fazerem as aberturas das empresas fantasmas.
“Até o momento, foram identificadas 268 empresas em nome de laranjas. Membros dessa organização captavam pessoas de baixa renda e escolaridade com a finalidade de usarem seus dados para aberturas de empresas e fazer a negociação de grãos. As investigações começaram a partir de crimes de estelionatos por parte de alguns dos investigados que causaram prejuízos milionários contra produtores rurais”, explicou o chefe de departamento da Polícia Civil, Douglas Antônio Ramos Magela
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