Casos de dependência digital em ambulatório da Unifesp aumentam e chegam a 225 em 2024; veja sintomas

Em 2023, 55 pacientes tinham sido atendidos por dependência em internet, jogos e pornografia no Hospital São Paulo, na capital paulista. Casos de dependência digital em ambulatório da Unifesp aumentam e chegam a 225 em 2024
Cada vez mais frequentes, os casos de dependência virtual têm aumentado e gerado um sinal de alerta nos especialistas. No ano passado, só o ambulatório especializado da Universidade de São Paulo (Unifesp) atendeu 225 pessoas com dependência em internet, jogos e pornografia na capital paulista. Em 2023, haviam sido 55 casos.
O combate à dependência virtual tem ganhado espaço entre os estudos da psiquiatria.
A psicóloga Andrea Lorena Stravogiannis, do grupo de dependências tecnológicas do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) explica que isso tem muito a ver com o emocional.
Segundo ela, muitas vezes, um dependente emocional tem baixa auto-estima e, por isso, sente a necessidade de reforços externos, proporcionado pelas redes sociais.
O dependente encontra na rede social uma forma de socialização e também de compartilhar o seu dia a dia e receber essa gratificação imediata.
Sintomas
O vício nos dispositivos eletrônicos leva o nome de “Nomofobia”, quando uma pessoa não consegue deixar de lado o celular ou o computador, os sintomas relacionados podem ser:
Estresse
Depressão
Tristeza
Falta de sono
Dificuldade de se relacionar
A aposentada Irani, de 79 anos, é uma das pessoas que chegam a passar horas com o celular na mão -e isso tem preocupado a família.
“Ela deixa de fazer coisas básicas até de cuidados pessoais porque ela fica muito na rede social. Hoje, a gente tem um aplicativo que bloqueia e limita o tempo dela de uso, porque já aconteceu dela ficar 24 horas, nem dormir. Ela fica ligada o tempo todo no celular, ela não larga o celular nem pra carregar”, afirma a filha dela, a gerente de logística Lavínia Ferreira.
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