Demitido da Globo, Bocardi cobrava R$ 55 mil por consultoria e ‘mídia training’

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Demitido da Rede Globo por violar o código de ética da emissora, o jornalista Rodrigo Bocardi cobrava o valor de R$ 55 mil por hora para dar consultoria e “media training” a políticos e executivos. A informação é do site F5, da “Folha de S.Paulo”.
De acordo com a publicação, um documento mostra que Bocardi fez dez sessões de consultoria sem comunicar a Globo previamente. Pelas regras da empresa, os funcionários devem informar a pretensão de realizar serviço desse tipo para que haja uma avaliação interna. Bocardi não cumpriu a norma e esse foi um dos motivos para seu desligamento da emissora.
Segundo a matéria, Bocardi transgrediu outras normas da Globo. Ele prestou serviços ao banco Bradesco entre 2017 e 2023 e também para uma empresa que atende contas públicas, o que é considerado internamente conflito de interesses.
Bocardi não comentou esses detalhes. Um dia após a demissão, ele usou as redes sociais para agradecer a Globo e falar com seus seguidores. Porém, o jornalista declarou não ter feito nada de errado. “Eu atuei com os mesmos princípios. É isso que me deixa com a consciência tranquila. Bem tranquila”, afirmou.
Bocardi estava na Globo desde 2004, quando começou trabalhando como repórter do “Jornal Nacional”. A partir de 2016, ele passou a ocupar a função de plantonista do principal telejornal da emissora, participando da bancada nas ausências de William Bonner. Antes de assumir o “Bom Dia São Paulo”, ele teve passagens por “SPTV 1ª edição” e “Jornal da Globo”.
Sabina Simonato, de 40 anos, foi anunciada pela Globo como a nova jornalista à frente do “Bom Dia São Paulo”. Ela está no telejornal desde 2017, ocupando as funções de repórter e apresentando o programa ao lado do próprio Bocardi.
Mais tarde, Hermínio explicou ao vivo que o homem discutiu com os seguranças na rampa e depois bateu no celular, mas não chegou a encostar nele.
O repórter ainda disse que o homem estava descontrolado e já tinha até xingado e ameaçado bater nos seguranças.
É claro que essa história bombou na internet e diversos usuários das redes sociais aproveitaram para elogiar a postura do jornalista. Teve até gente chamando o apresentador de “lenda”…
A repercussão ganhou ainda mais destaque à época porque ocorreu em meio a uma onda de demissões envolvendo jornalistas veteranos da emissora. A Globo, inclusive, vendeu – sem qualquer alarde – o edifício histórico que serviu como sede administrativa da emissora desde sua fundação, em 1965.
O imóvel será convertido em um condomínio residencial e a pré-venda das unidades já está em andamento.
O prédio está localizado na Rua Jardim Botânico, 266, próximo à sede da Globo onde são produzidos seus programas de jornalismo e a GloboNews.
Os profissionais trabalharam nesse local até janeiro de 2019, quando a Globo decidiu transferir suas operações para prédios alugados na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, e para um prédio mais moderno no Jardim Botânico.
A emissora decidiu se desfazer do prédio e optou por vendê-lo para uma imobiliária, que irá transformá-lo em um residencial com apartamentos de um quarto e sala, além de estúdios, para moradia ou aluguel temporário. O empreendimento terá o nome de “Residencial Edifício Rede Globo” e contará com 133 unidades.
O anúncio do local destaca a excelente localização no bairro do Jardim Botânico, uma área nobre do Rio de Janeiro, e a completa infraestrutura de lazer, serviços, segurança e tecnologia oferecida pelo condomínio.
Em 2022, um indicador financeiro registrou um resultado negativo de 41 milhões de reais nas contas da emissora, muito influenciado pela liquidação dos direitos da Copa do Mundo do Catar.
Apesar de ter lucrado mais de 1 bilhão apenas com a venda das cotas de patrocínio do evento, a emissora precisou pagar mais caro para exibi-lo devido a uma renegociação contratual com a Fifa.
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