Choveu 400 milímetros nos últimos sete dias e prefeitura afirmou ser um dos maiores alagamentos da história do município. Santa Bárbara d’Oeste registra 78 milímetros de chuva, e moradores têm casas alagadas
Moradores de Santa Bárbara d’Oeste precisaram deixar as próprias casas após o nível do Ribeirão dos Toledos subir e alagar bairros nesta segunda-feira (3). O município registrou 78 milímetros de chuva neste final de semana segundo dados do CIIAGRO (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas).
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A prefeitura informou que nos três primeiros dias de fevereiro o município teve acumulado de 117 milímetros de chuva. A precipitação média prevista para o mês inteiro é de 168 milímetros. Nos últimos sete dias, choveu 400 milímetros segundo o poder público.
“As fortes chuvas que atingiram Santa Bárbara d’Oeste nos últimos dias resultaram em um dos maiores alagamentos da história do Município”, informa a prefeitura em nota à imprensa.
O alagamento é causado pela água na cabeceira do Ribeirão do Toledos e pelo extravasamento da represa de Santa Barbara d’Oeste, que subiu 1,70 a mais do que nível convencional. Apesar dos transtornos, a Defesa Civil informou à EPTV, afiliada da Rede Globo, que a situação está estabilizada.
Moradores em área alagada de Santa Bárbara d’Oeste
Ricardo Custódio
Moradores
Os bairros Vila Sartori, Santa Alice, Jardim Augusto Cavalheiro, Batagin e Icaraí estão com pontos de alagamentos sinalizados pelas guardas municipais e diversos moradores deixaram as próprias casas.
“Minha esposa falou que o negócio estava feio. Sai correndo do serviço e vim para cá. Pegou todo mundo de surpresa, porque faz uns 30 anos que não ocorre isso [alagamento] aqui”, informa o motoboy Paulo Cézar da Silva.
O aposentado Clodoaldo Rodrigues da Silva também foi pego de surpresa.
“Os vizinhos ligaram e a gente estava trabalhando. Quando chegamos aqui, estava tudo tomado de água”, afirma o morador Clodoaldo Rodrigues da Silva.
Abrigo municipal
A Defesa Civil do município preparou um ginásio de futebol de salão para receber os possíveis desabrigados. No local, há colchões, alimentos e material de higiene.
“Estamos na fase de levantamento das pessoas que foram atingidas [pelo alagamento], não é um número baixo, porque o volume de chuva foi muito alto, foi acima do esperado e algo não natural, algo inimaginável. Ainda não houve adesão [ao abrigo municipal], mas acreditamos que as pessoas vão precisar”, informa o secretário da Defesa Civil Rômulo Gobbi.
Aulas suspensas
Em virtude dos alagamentos, as aulas foram suspensas pelo tempo que for necessário na EMEI Vera Lúcia Juliato, Vila Boldrin e Emefei Antonia Dagmar Rosolen, Vila Sartori.
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