Estrangeiro e amigo baiano foram resgatados no sábado (18) após 12 horas como reféns, em Praia do Forte. Suspeitos ainda não foram localizados pela polícia. Homens são salvos pouco antes de serem mortos
O argentino de 37 anos mantido refém por 12 horas em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, disse à polícia que fez “pix no valor de aproximadamente R$ 100 mil para diversas contas”. Ele e um amigo baiano, de 39 anos, foram sequestrados e torturados por um grupo de pelo menos nove homens no litoral norte da Bahia, na noite de sexta-feira (17).
Os dois foram resgatados com vida por policiais militares, no trecho entre Praia do Forte e Itacimirim.
As identidades das vítimas não foram divulgadas. O baiano segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital e ainda não falou com os investigadores. Já o argentino, que é comerciante e também mora na Bahia, conseguiu prestar um depoimento inicial à Polícia Civil.
Foi nesse contexto que ele mencionou o repasse da quantia para os sequestradores. “A gente vai ter que oficiar pra saber a quem pertencia cada uma das contas”, disse a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, em entrevista à TV Bahia.
“[A polícia avalia] Alguém monitorou que essa pessoa fazia, inclusive, transações em dinheiro porque, no momento, foi pedido que ele fizesse o pix e ele tinha esse dinheiro disponível”.
Argentino e baiano foram sequestrados e extorquidos em Camaçari
Reprodução/TV Bahia
De acordo com Heloísa, a suspeita é de que o grupo criminoso já monitorava ou esperava pelas vítimas no barzinho onde elas foram sequestradas. Com isso, os investigadores já solicitaram a perícia do carro em que as vítimas estavam e adotaram outras medidas.
Os homens foram resgatados após policiais militares que faziam rondas na região serem informados de que criminosos “desmanchavam” um carro na área. Os criminosos conseguiram fugir, mas os gritos das vítimas chamaram atenção dos PMs, que conseguiram libertá-los.
“Foram quase 12 horas em que eles ficaram reféns dos sequestradores, inclusive, cavaram um local e diziam que iam matar, inclusive eles tinham certeza que seriam mortos, um deles já tinha sido atingido por um disparo de arma de fogo, que não foi fatal”.
Não há mais detalhes sobre o estado de saúde das vítimas. O crime é investigado pela Delegacia Especializada Antissequestro (DAS).
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