

Valor do dólar fecha em queda nesta segunda-feira (14), com isenção para produtos eletrônicos – Foto: Deny Campos/Arte/ND
O valor do dólar fechou o dia em queda nesta segunda-feira (14), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,83. Na sexta-feira (11), o fechamento ficou em R$ 5,86.
O dólar recuou nesta segunda-feira (14) ante o real, acompanhando um movimento positivo para ativos de mercados emergentes. A queda ocorreu após os Estados Unidos anunciarem isenções tarifárias para produtos como smartphones e computadores importados da China, aliviando temores de uma escalada comercial.
Às 17h03 (horário de Brasília) desta segunda-feira (14), o dólar à vista operava em baixa de 0,30%, cotado a R$ 5,852 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,55% com 5.850 pontos.
Confira o valor do dólar hoje
Dólar comercial
Usado em negociações internacionais e operações financeiras.
- Compra: R$ 5,851
- Venda: R$ 5,852
Dólar turismo
Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.
- Compra: R$ 5,899
- Venda: R$ 6,079
O que fez o dólar cair?
O dólar também perdeu força globalmente, recuando frente a moedas como o peso mexicano e o rand sul-africano. No Brasil, a moeda norte-americana foi pressionada ainda pelo aumento nos preços de commodities, como minério de ferro e petróleo, que beneficiaram países exportadores.
Enquanto o dólar caía, um relatório do Federal Reserve de Nova York mostrou que as expectativas de inflação nos EUA atingiram o maior patamar desde outubro de 2023. A percepção sobre finanças pessoais e emprego piorou entre os norte-americanos, gerando dúvidas sobre a força da economia.
As idas e vindas do governo Trump em políticas tarifárias têm aumentado a volatilidade nos mercados. Investidores começam a reduzir exposição em ativos dos EUA, temendo que o país seja um dos mais afetados por uma guerra comercial ampla.
Apesar do alívio com as isenções tarifárias, analistas alertam que economias como a brasileira ainda dependem da demanda chinesa por commodities. “Exportações sul-americanas para os EUA são limitadas, mas a exposição à China é crítica”, destacou o Goldman Sachs.
Para o valor do dólar, os próximos dias serão decisivos. Negociações tarifárias entre EUA e Japão, marcadas para quinta-feira, podem trazer novos direcionamentos. Enquanto isso, a moeda norte-americana segue sob pressão da desconfiança em suas políticas e do risco de reaceleração inflacionária global.