Marinha envia equipes para reforçar fiscalização no Rio Acre durante enchente na capital


Duas equipes foram enviadas para Rio Branco para reforçar fiscalização contra motos aquáticas e dar apoio geral no enfrentamento da enchente. Motos aquáticas são constantemente flagradas no Rio Acre com manobras perigosas
A Marinha do Brasil confirmou, nesta terça-feira (18), que enviou duas equipes para Rio Branco para reforçar a fiscalização durante a enchente do Rio Acre. Com a subida do nível das águas, é comum encontrar pessoas pilotando motos aquáticas na região.
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No último dia 9, antes de o rio transbordar na capital, uma equipe da Rede Amazônica Acre flagrou diversas pessoas pilotando os veículos aquáticos fazendo manobras arriscadas. Na época, a Defesa Civil de Rio Branco chegou a pedir emitir um pedido para que as pessoas evitassem o uso desses veículos aquáticos.
Em nota, a Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 9º Distrito Naval, informou que as equipes de Inspeção Naval estão a caminho do do Acre para atuarem na fiscalização do Rio Acre e apoiar as ações da Defesa Civil do Estado.
“Como acontece todos os anos, a Marinha do Brasil acompanha o monitoramento do nível dos rios da Amazônia e atua em coordenação com instituições federais, estaduais e municipais, para mitigar os impactos das situações mais extremas,” informa.
Condutores de lanchas e outras embarcações aproveitam a subida das águas para fazer manobras perigosas no Centro
Pedro Devani/Secom
⚠️Contexto: O Rio Acre está acima da cota de transbordo, que é de 14 metros, desde o dia 10 de março. Na última sexta-feira (14), o nível ficou acima dos 15 metros, e no sábado (15) o Rio Acre subiu quase 60 centímetros. Nesta terça-feira (18), o rio voltou a apresentar vazante e marcou 15,71 metros.
É que o movimento forte das águas causado pelas motos aquáticas dificulta, inclusive, a medição do nível do rio. A forte movimentação das águas também pode causar danos às casas, às pontes, dentre outras estruturas.
Uma semana depois, no último domingo (16), mais flagrantes registrados na região da Gameleira. Imagens áreas feitas pelo fotógrafo Pedro Devani, da Secretaria de Comunicação do governo (Secom), mostram várias motos aquáticas bem próximas às pontes do Centro.
A chegada das equipes da Marinha ajuda, inclusive, na fiscalização dessas embarcações e também para dar apoio geral no enfrentamento da enchente.
Cheia do Rio Acre atrai motos aquáticas e Defesa Civil faz alerta
Enchente
Apesar de o nível do Rio Acre em Rio Branco apresentar redução nas últimas horas, a cheia já atinge mais de 31 mil pessoas, segundo o balanço estimado da Defesa Civil, divulgado nesta terça-feira (18). Às 22h de segunda (17), o rio chegou a marcar 15,87 metros e na primeira medição desta terça estava com 15,80 metros.
Nesta terça, o boletim parcial da Defesa Civil aponta que são:
Mais de 8,6 mil famílias diretamente afetadas pela enchente, o equivalente a 31.318 pessoas;
Pelo menos 169 famílias em abrigos, cerca de 544 pessoas;
Cerca de 598 famílias desalojadas, ou seja, que estão na casa de parentes ou amigos;
19 comunidades rurais afetadas, dentre elas três são isoladas, e 2.198 famílias rurais atingidas;
43 bairros da capital atingidos.
O prefeito Tião Bocalom decretou, na última sexta-feira (14), situação de emergência devido à enchente do Rio Acre na capital acreana.
Já o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência diante do aumento do nível dos rios Acre, Juruá, Purus e Envira, no dia 10 de março. Nesta terça, após uma semana, governo do estado alterou o decreto e acrescentou os rios Tarauacá, Abunã e Moa por conta do transbordo destes mananciais.
Nota na íntegra da Marinha
A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 9º Distrito Naval, informa que enviou duas equipes de Inspeção Naval ao estado do Acre para atuarem na fiscalização do Rio Acre e apoiar as ações da Defesa Civil do Estado, que passa por um período de cheia, em especial na cidade de Rio Branco.
Como acontece todos os anos, a Marinha do Brasil acompanha o monitoramento do nível dos rios da Amazônia e atua em coordenação com instituições federais, estaduais e municipais, para mitigar os impactos das situações mais extremas.
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