
Diferentemente de Bolsonaro, presidente do PL não foi denunciado pela PGR no inquérito que apura tentativa de golpe. Após autorização de Moraes, Valdemar e Bolsonaro estivem juntos em missa, na cidade de Mogi das Cruzes (SP)
Larissa Rodrigues/g1
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, pediu nesta terça-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a derrubada de medidas cautelares impostas contra ele, como a proibição de contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O pedido será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator no STF do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado pelo ex-presidente e aliados. Diferentemente de Bolsonaro, Valdemar não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República nesse caso.
A proibição de contato entre os dois investigados foi determinada por Moraes em fevereiro de 2024.
O dirigente partidário também solicitou, ao STF, a liberação de bens que foram apreendidos pela Polícia Federal durante as investigações contra ele, como relógios de luxo das marcas Rolex, Bulgari e Piguet.
“A defesa de Valdemar Costa Neto requer, respeitosamente, a revogação de toda e qualquer medida cautelar decretada em seu desfavor, notadamente a proibição de manter contato com outras pessoas e de se ausentar do país”, afirmam os advogados do dirigente do PL.
Valdemar pediu ainda a devolução de valores que estão apreendidos em um depósito da PF, cerca de R$ 53,7 mil.
Velório da mãe de Valdemar
Missa de 7º dia da mãe de Valdemar Costa Neto tem presença de Bolsonaro
Em razão da proibição de contato imposta por Moraes, Bolsonaro pediu e foi autorizado, no fim do ano passado, a participar do velório e da missa de Sétimo Dia da mãe de Valdemar Costa Neto.
Leila Caran Costa, ex-primeira-dama de Mogi das Cruzes (SP), morreu aos 99 anos em dezembro de 2024.
As solenidades para as quais Bolsonaro solicitou autorização para comparecer ocorreram na cidade do interior de São Paulo.
Outros investigados
Também nesta terça-feira, a PGR se manifestou a favor da derrubada de medidas cautelares impostas contra Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro que também foi investigado no inquérito sobre golpe de Estado. Assim como Valdemar Costa Neto, Tércio não foi denunciado pela PGR no caso.
A cúpula do Ministério Público Federal também opinou pela revogação de medidas cautelares impostas contra o advogado Amauri Feres Saad, que também não foi denunciado no caso.