
A resistência à insulina é uma condição que pode evoluir para diabetes tipo 2 e muitas vezes passa despercebida até que exames laboratoriais confirmem o diagnóstico. Mas alguns sinais visíveis podem indicar a necessidade de atenção médica.
De acordo com o médico nutrólogo especialista em emagrecimento e metabolismo Valdecy Neto o problema de resistência à insulina está ligado ao estilo de vida, o consumo excessivo de álcool, alimentação desbalanceada, sobrepeso e sedentarismo.
O médico explica quais os sinais da resistência à insulina e como reverter a condição antes que ela traga complicações mais graves.

Resistência à insulina tem sinais bastante claros na saúde das pessoas – Foto: Freepik/ND
Os 3 sinais de resistência à insulina
• Acrocórdons
São pequenas protuberâncias na pele, especialmente no pescoço, que podem indicar alterações metabólicas. Segundo alerta o Dr. Valdecy, “São sinais de que algo no organismo não está funcionando bem e podem indicar resistência insulínica”.
• Acantose Nigricans
São manchas escuras que aparecem em regiões como axilas, pescoço e virilha. O escurecimento da pele ocorre devido ao aumento dos níveis de insulina no sangue e estimula a produção excessiva de células epidérmicas.
• Aumento de gordura abdominal
Já a gordura visceral acumulada no abdômen forma uma dobra sobre a região pélvica, que é um forte indicativo de resistência à insulina.
Esse excesso de gordura acaba liberando substâncias inflamatórias que prejudicam a ação da insulina e aumentam o risco de complicações metabólicas. Quando esses sinais forem perceptíveis, é essencial buscar um especialista para avaliação e acompanhamento.
“A resistência insulínica pode ser revertida com mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada e prática regular de exercícios. Quanto mais cedo for diagnosticada, melhor a resposta ao tratamento”, explica o nutrólogo.
Alimentação saudável
Além de atividade física, a alimentação saudável tem um papel essencial no controle da resistência insulínica. Segundo o Dr. Valdecy Neto, adotar hábitos alimentares saudáveis pode fazer toda a diferença.

O peixe mais barato que o salmão que é rico em proteínas e ômega-3 – Foto: Freepik/ND
“Priorizar alimentos naturais, reduzir o consumo de açúcares e farinhas refinadas, além de manter uma boa hidratação, são passos fundamentais para melhorar a sensibilidade à insulina”, orienta.
O médico destaca que incluir proteínas magras, gorduras boas e fibras na dieta ajuda na manutenção de níveis de glicose estáveis e reduzir picos de insulina.
“Ovos, peixes, oleaginosas, abacate e vegetais folhosos são grandes aliados, pois promovem saciedade e auxiliam no controle do peso, fator determinante para reverter a resistência insulínica”, afirma.
Um outro ponto importante para não ter sinais de resistência à insulina é evitar longos períodos de jejum e manter refeições equilibradas ao longo do dia.
“Quando combinamos uma boa alimentação com exercícios físicos regulares, a reversão da resistência insulínica se torna ainda mais eficaz, prevenindo a progressão para diabetes tipo 2”, conclui o especialista.