Cientistas alertaram os países nórdicos para o risco de colapso na circulação do Oceano Atlântico, sistema responsável por transportar águas quentes ao Atlântico Norte e manter o clima ameno na Europa. O problema foi desencadeado com o aquecimento global que pode provocar uma série de problemas.
Entre os principais prejuízos que o colapso na circulação do Oceano Atlântico podem gerar, são eles:
- Aumento do nível do mar;
- Diminuição de chuvas;
- Alterações nas monções.
Os especialistas pedem redução urgente nas emissões de gases de efeito estufa para evitar consequências irreversíveis e devastadoras, especialmente para os países nórdicos e outras regiões do mundo.
Cientistas enviam carta ao Conselho de Ministros Nórdico sobre colapso na circulação do Oceano
Segundo os cientistas, o colapso da circulação colocaria em risco as condições de vida das pessoas na região do Ártico.
Na carta, que inclui cinco países — Dinamarca e a Suécia, e três territórios autônomos —, os especialistas afirmam que a “tal alteração da circulação oceânica teria impactos devastadores e irreversíveis, especialmente para os países nórdicos, mas também para outras partes do mundo”.
Além disso, o documento ainda solicita que o Conselho tome providências para reduzir mundialmente as emissões de gases com efeito estufa.
A preocupação com o colapso na circulação do Oceano Atlântico
Diversos estudos sugerem que o risco de alteração da corrente atlântica foi subestimado e existe a séria possibilidade de se ultrapassar o ponto de viragem nas próximas décadas, conforme os especialistas.
“Se a Grã-Bretanha e a Irlanda se tornarem como o Norte da Noruega, isso terá consequências tremendas. A nossa conclusão é que essa probabilidade não é baixa”, disse um dos signatários da carta, o professor Peter Ditlevsen da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.
“Não é algo a que nos adaptemos facilmente.”
O que o colapso na circulação do Oceano Atlântico causaria?
O site Met Office do Reino revela que o colapso na circulação do Oceano Atlântico casaria vários prejuízos, sendo eles:
- Aumentaria o arrefecimento climático no hemisfério Norte, deixando consequentemente o ar mais seco;
- Elevaria o nível do mar no Atlântico;
- Reduziria a precipitação na Europa e na América do Norte;
- Alteraria as monções na América do Sul e em África.
Evitar uma catástrofe climática
O professor Stefan Rahmstorf, do Instituto de Investigação do Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha, denunciou que os subsídios globais aos combustíveis fósseis atingiram um recorde de € 7 bilhões em 2022.
Estes subsídios mostram que, segundo Rahmstorf, não existe um esforço credível para evitar uma catástrofe climática deste tipo.